Chafurdices
Antes de começar, gostava de clarificar que não tenho a certeza se a palavra acima, que se personifica como título neste artigo, é de facto uma palavra que está inserida no nosso Dicionário, ou se está assim desta forma, por extenso. Não quis confirmar sequer, pois válida ou não, acredito que se incorporte totalmente neste(s) episódio(s) Maria Carilho/Bárbara Guimarães. Portanto, é de facto, uma chafurdice. Das que cheiram mal.
Não vou tecer qualquer comentário quanto ao conteúdo em si e as acusações lançadas pelo (futuro) ex-marido da apresentadora da SIC ao longo destas semanas, sejam as proferidas por ele ou pelo seu advogado. O respectivo processo está em tribunal e será ajuizado pelas pessoas que estão capacitadas por tal e só eles deveriam ter direito a julgar. Mas como é óbvio, sabemos que vivemos numa sociedade "sabichona", tanto por quem quer saber, como por quem lança a bomba. Como este caso.
Quando estes casos têm uma amplitude que chega aos media, devido aos sujeitos em questão, é preciso abordá-los com "pinças", e ao mesmo tempo com serenidade e a consciência que incidentes destes ocorrem em muitas, muitas casas. Independentemente de quem é a culpa, de quem bate, de quem faz e de quem não o faz.
No entanto, há dois pontos, que nós, como elemento social, somos obrigados a opinar, porque foi exatamente com essa intenção que Manuel Maria Carrilho quis espalhar a Portugal inteiro - as bebedeiras e as paranóias de Bárbara Guimarães, etc - sem qualquer pudor ou consciência que os seus filhos, um deles com 9, vai à escola, sai com os amigos, e que tem visto sucessivamente os pais nos jornais com títulos inundados de "chafurdice" que nunca imaginaria ver.
E o segundo ponto, tem apenas a ver com sobriedade, maturidade, bom senso. Estejamos nós certos ou errados (não me arrisco a ajuizar a posição de Carriilho), atirar tanta pedra costuma dar mau resultado, quando ainda por cima temos telhados de vidro, os deste aparentemente bastante frágeis.
Dizem que o silêncio é, por vezes, a melhor resposta. Nesta chafurdice, que espero que acabe, deveria ter o silêncio logo como premissa inicial. Mas se Carrilho não tem a decência de se calar simplesmente, caberia a nós, a quem escreve nos jornais e fala nas televisões, a jornalistas e comentadores, a não o ajudar na divulgação da infâmia.