31-03-2014 18:30
Marcos Rojo:
Como mudou o argentino, lateral-esquerdo na selecção alvi-celeste, e central na equipa leonina. É esta última a sua real posição que o pode tornar então um jogador de top. De um elemento com potencial, mas com um défice de concentração tremendo e um excesso de agressividade, Jardim (e a restante equipa técnica) 
conseguiu o “update” necessário em Rojo, que o torna hoje um defesa central seguro, forte fisicamente (e tecnicamente) e com uma evolução mental (dentro de campo, obviamente) que o cimenta como caixa-forte da defesa leonina. É ele hoje o primeiro jogador na saída de jogo do Sporting (ou executa o passe longo, ou entrega a bola a William), principalmente com Maurício a seu lado, não se precipita na antecipação (era quase um clássico vê-lo a sair do seu espaço antes do tempo), e na marcação individual é quase exímio. A eficiência nas bolas paradas (ofensivas e defensivas) é só uma consequência de toda esta evolução. Daí eu ter algum receio sempre que é convocado pelo seu país, pois temo que o “confunda” na sua evolução como, então, defesa-central.
Nabil Bentaleb:
Com 19 anos pensamos sempre que podemos mudar o Mundo. A audácia, a ambição é o que nos distingue dos restantes. É o que penso, tendo essa mesma idade, e mais recentemente, quando vejo Nabil Bentaleb em campo. Formado numa das melhores escolas francesas (Lille), Bentaleb conseguiu entrar este ano na equipa principal do Tottenham (curiosamente, só depois da saída de AVB) e quase sem se dar por ela, vai fazendo cada vez mais parte do onze inicial da equipa londrina. Esguio, mas não tanto como parece, Bentaleb ocupa 
na perfeição a posição de “8”, pois sabe sair a jogar, sabe ter a bola (faz tudo com o pé esquerdo), e conduzi-la com rapidez e inteligência. Entre o baixar de qualidade de Sandro e Paulinho, este argelino ergue-se na equipa londrina com uma maturidade fora do comum. Pode não vir a conseguir mudar o Mundo, mas o Tottenham já fica bem diferente com ele. 19 anos. Memorizem.
