voltemos doze meses atrás,
à fórmula da (in)felicidade, carente de alturas más
o sorriso era grande, e a verdade efémera
porque de um momento para o outro, deixaram-me cair para trás
natal, festa, passagem de ano
tudo o que acontecia para mim era insano
mas suportado, suportado era
mas hoje – fodasse! – tenho que deixar de passar um pano
revolta adolescente, sinto-me preso e enganado
por algo que não existe, “mereces mais Nando!”
“calem-se com essa merda, são os pilares da minha vida”
mas sejamos sinceros, sou eu quem fico calado.
suponho que sejamos por quem nos é amado
por mais opacas e crianças que connosco sejam
é altura de Natal, temos que deixar isso de lado
e agora, um ano novo virá
vida nova? só o tempo dirá
novas pessoas, nova gente
mesmo sabendo que o problema está na minha mente
se o dia ontem era sombrio,
hoje já veio cinzento
a questão de encontrar a cor
chegará levando-me pelo vento
e sei que com tudo que me fizeram, percebo que não há conto de fadas
por isso “M’s”, hoje digo-vos
estou acima de vocês,
e vocês… estão finalmente perdoadas.
Feliz Natal.